Réu por matar namorada paraense com espada e carbonizar corpo em lareira é condenado a 31 anos de prisão no RS

André Ávila é suspeito de matar a namorada e carbonizar corpo dela Pedro Trindade/g1 RS André Ávila Fonseca, réu por assassinar a namorada com um golpe de...

André Ávila é suspeito de matar a namorada e carbonizar corpo dela Pedro Trindade/g1 RS André Ávila Fonseca, réu por assassinar a namorada com um golpe de espada e carbonizar o corpo em uma lareira em Porto Alegre, foi condenado a 31 anos e 4 meses de prisão. A vítima é Laila Vitória Rocha de Oliveira, 20 anos, natural de Parauapebas (PA). O júri terminou na madrugada desta sexta-feira (12). Cabe recurso às instâncias superiores. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O Conselho de Sentença foi formado por sete mulheres. André responde por homicídio qualificado pelo feminicídio, uso de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e posse ilegal de arma de fogo. Ele não compareceu ao julgamento e permanecerá preso. O g1 entrou em contato com o advogado Mauro Souza, representante legal de André Ávila Fonseca, que não retornou até a mais recente atualização desta reportagem. 'Minha filha saiu viva e voltou dentro de um caixão', diz mãe O julgamento teve início na quinta-feira (11). Foram ouvidas a mãe e uma amiga da vítima, além de um médico legista. Na sequência, prestaram depoimento dois psiquiatras, indicados pela defesa do réu. Após essa etapa, houve a fase de debates, em que as partes apresentaram suas teses ao Conselho de Sentença. Fonseca está preso desde 2023. Conforme os registros policiais, ele já foi condenado uma outra vez pela Justiça: em 2007, por triplo homicídio tentado. Suspeito de matar namorada e carbonizar corpo em lareira é preso em Viamão, diz BM Relembre o caso O crime aconteceu em março de 2023, no bairro Lomba do Pinheiro, na capital. Laila e André se conheceram pela internet, e a jovem viajou do Pará ao Rio Grande do Sul para conhecer o homem. Conforme afirmou a Polícia Civil na ocasião, a vítima estava com passagens compradas para retornar à terra natal na mesma semana que foi morta. Nos dias anteriores ao crime, André teria ficado com um comportamento agressivo. "Testemunhas nos trouxeram prints de conversas em que ela afirma que estava com medo e que queria ir embora daqui. Ela estava contando os dias, falando com a mãe dela, com uma amiga, dizendo que tava indo embora e que tinha medo dele", contou a delegada Cristiane Ramos na época. Laila Vitória Rocha de Oliveira, morta por namorado "bruxo" em Porto Alegre Arquivo pessoal Motivação religiosa foi descartada Nas redes sociais, André se apresentava como "Victor Samedi". Ele dizia ser necromante e especialista em trabalhos de magia, como rituais de vingança e quebra de feitiços e demandas. De acordo com a Polícia Civil, o crime não teve motivações religiosas. "A nossa investigação foca totalmente na linha de feminicídio. Inclusive, todas as provas que estão sendo trazidas ao nosso inquérito policial dão conta de uma violência contra a mulher", disse a delegada em 2023. 'Minha filha saiu daqui viva e vai voltar dentro de um caixão', diz mãe de paraense morta VÍDEOS: Tudo sobre o RS