Ex-secretários são alvo da PF em operação que investiga desvio de mais de R$ 7 milhões da saúde em Bagé
Ex-secretários são alvos da PF em operação que investiga desvio de mais de R$ 7 milhões para área da saúde em Bagé Polícia Federal/Divulgação A Polí...
Ex-secretários são alvos da PF em operação que investiga desvio de mais de R$ 7 milhões para área da saúde em Bagé Polícia Federal/Divulgação A Polícia Federal (PF) cumpriu, durante operação na manhã desta quinta-feira (30), quatro mandados de busca e apreensão contra pessoas suspeitas de envolvimento em desvios de recursos públicos que ultrapassam R$ 7 milhões destinados à área da saúde na prefeitura de Bagé, na Região Sul do Rio Grande do Sul. De acordo com a PF, os suspeitos ocupavam cargos na prefeitura entre 2018 e 2024. Eles são um ex-secretário de saúde, um ex-secretário adjunto de saúde e um ex-servidor comissionado. O gestor de uma cooperativa de saúde contratada pelo município também é investigado (saiba mais abaixo). Os nomes deles não foram divulgados. O ex-secretário adjunto, de 67 anos, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Todos são investigados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo e associação criminosa. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp As buscas foram feitas pela PF em Bagé e em Porto Alegre nos endereços ligados aos investigados. Foram encontrados e apreendidos telefones celulares, notebook, documentos, e R$ 24,4 mil em dinheiro. Também foram encontradas joias, além do revólver sem registro. Os alvos atuavam na administração anterior da prefeitura da cidade, que não venceu a última eleição. A nova gestão assumiu o Executivo Municipal no começo deste ano. "Desde o início do ano, a Procuradoria-Geral do Município, após constatar possíveis irregularidades na área da saúde, tem aberto diversas sindicâncias. A Prefeitura de Bagé não tem, até o momento, conhecimento sobre o conteúdo das operações realizadas hoje (quinta-feira, 30), mas sabe que se referem a ocorridos em exercícios anteriores. A Prefeitura permanece à disposição para colaborar com quaisquer investigações dos órgãos competentes", divulgou, em nota, a prefeitura. A administração anterior tinha como prefeito Divaldo Lara. Ao g1, a assessoria de comunicação dele disse que vai checar o caso para se manifestar posteriormente. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Investigação O inquérito policial apurou que, entre os anos de 2018 e 2024, foram superfaturados os preços de quatro contratos firmados pelo município de Bagé com uma cooperativa para a prestação de serviços de saúde. Os pagamentos apontados como indevidos à cooperativa contratada totalizaram R$ 7.125.511,43 em prejuízo ao erário. "Também foi possível constatar que, no período de 2018 a 2022, o gestor da cooperativa contratada recebeu da instituição cooperativa o total de R$ 3.621.882,89, além de outros valores expressivos por intermédio de empresas ligadas à cooperativa. Os valores recebidos evidenciaram a desnaturação da instituição cooperativa que, por lei, não pode ter finalidade lucrativa", divulgou a PF. A investigação revelou que pelo menos duas pessoas que já passaram pela Secretaria Municipal de Saúde foram beneficiados com o recebimento de valores da cooperativa. VÍDEOS: Tudo sobre o RS