Com corrida de drag queens em pedalinhos, Parada Livre de Porto Alegre ocupa Parque da Redenção

Com corrida de drag queens em pedalinhos, Parada Livre acontece em Porto Alegre Com uma mistura de performance, protesto e resistência marcou a 28ª edição d...

Com corrida de drag queens em pedalinhos, Parada Livre de Porto Alegre ocupa Parque da Redenção
Com corrida de drag queens em pedalinhos, Parada Livre de Porto Alegre ocupa Parque da Redenção (Foto: Reprodução)

Com corrida de drag queens em pedalinhos, Parada Livre acontece em Porto Alegre Com uma mistura de performance, protesto e resistência marcou a 28ª edição da Parada Livre de Porto Alegre neste domingo (7). O evento ocupou o Parque da Redenção, na Capital, com o tema "Revolte-se! Parada é protesto", em um grande ato pela reafirmação dos direitos e pelo enfrentamento à violência contra a população LGBT+. As atividades começaram cedo, com uma competição irreverente no lago do parque. Seis drag queens, divididas em duplas, disputaram o título de "Rainha do Pedalinho". A preparação foi intensa. "O preparo é acordar cedo, se maquiar, estar aqui 10 horas da manhã, belíssima, e vamos correr para dar o nome. E mais importante do que isso, mostrar que drag é arte, drag é cultura", afirmou a drag queen Mara Cutaya. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O clima era de competição e bom humor. Com torcida organizada e gritos de apoio sob o sol forte da Capital, que atingiu os 34,5ºC, as artistas mostraram disposição. "Estou mega preparada, a roupa diz tudo, né? Bem esportista e eu espero ganhar. Eu sou bem competitiva", disse a drag queen Cassie Tina, que brincou: "Tem outras drags menos bonitas, elas podem tentar, mas eu vou ganhar". Após a corrida, a performance deu lugar ao protesto. O movimento ganhou as ruas ao redor do parque. A coordenadora do Movimento Mães pela Diversidade, Renata dos Anjos, ressaltou a importância da presença familiar. "A presença das mães e dos pais, dos filhos e filhas hoje mostra a importância das nossas famílias, o apoio. Hoje é um dia de festa, mas é também um dia de luta", declarou. Renata dos Anjos também mencionou a união com outros movimentos. "Esse ano a gente está junto com a primeira marcha trans para dizer que as pessoas LGBTs são pessoas como qualquer outra e que a gente não quer nem mais nem menos, a gente quer direitos iguais e infelizmente nós não temos", completou. Veterano do movimento, o vice-diretor do grupo Nuances, Célio Golin, é fundador da Parada Livre, com a primeira edição em 1997. Para ele, o evento simboliza uma grande conquista. "Um dos grandes avanços é que as novas gerações, diferente da minha geração, onde a gente tinha referência da culpa, do pecado, da doença, elas já têm uma referência de direitos, de respeito. A Parada cumpre esse papel, e um papel de resistência", analisou. A celebração do orgulho e a reivindicação por respeito também foram marcantes para quem esteve no evento pela primeira vez. "É a primeira vez e achei muito legal, porque a pessoa consegue ser do jeito que ela quer, não tem preconceito", disse o zelador Asney Castellon. "O mais importante de eventos como esse é dar a conhecer para outras pessoas que a gente não está fazendo nada errado. A gente é uma pessoa igual a qualquer um", finalizou. Parada Livre está em sua 28ª edição Murilo Rodrigues/Agência RBS VÍDEOS: Tudo sobre o RS